Preocupações ambientais, desenvolvimento, lê-se nas notícias que referem o lançamento da candidatura de Vitor Amaral à Câmara de Ovar.
Estas preocupações farão também parte dos programas de outras candidaturas. Já estamos habituados a que em períodos eleitorais de âmbito local surjam estas palavras. Como conciliar desenvolvimento com a preservação do equilíbrio ecológico, da paisagem?
Racionalizando, exercendo o poder.
O poder de afrontar cidadãos sem escrúpulos e interesses corporativos, e ligações perigosas.
Percebe-se que para garantir o crescimento de uma empresa se violem claramente planos de ordenamento e que se contornem regulamentos? Talvez. O problema é que se gera deste modo uma cultura de permissividade que, adoptada por muitos cidadãos sem escrúpulos e orientados pela simples soberba e ganância, provoca o assalto a territórios que julgávamos preservados pelas cartas de reserva agrícola, ecológica, florestal, pasmadas no sucessivos PDM s que se vão revendo na quietude dos salões.
Sabendo que muito do desenvolvimento turístico que agora ocorre se baseia na nossa paisagem, na Ria e na mancha de floresta que ainda nos rodeia, que fazer para preservar sítios fundamentais do território que demonstrem a natureza livre de construções e de uma excessiva e indesejada marca humana? Ou amesmo de uma ocupação de espaços públicos desregrada e abusiva?
O que dizem as diversas candidaturas a uma política fiscalizadora eficiente e que pedagogicamente demonstre ser autoridade?
Essa mesma autoridade que falta nas escolas para resolver problemas grosseiros de indisciplina, pois nós os da geração de Abril que passámos do 8 ao 80, com inabilidade para exercer autoridade, pois trumatizados pelos 48 anos de Tarrafal, lápis azul, fardas verdes.
Gostaria de ouvir a vossa opinião.
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